Sentado com a cabeça entre as pernas, ouço alguma canção psicodélica ou triste, um cigarro descansa no canto da boca.. Ao redor há fumaça, há incerteza, há pessoas.. Que passam umas pelas outras sem notar a existência de outros a sua volta.
Sinto-me como se estivesse parado no tempo enquanto as pessoas passam por mim e atropelam uns aos outros sem saber o porquê, sem saber o que, sem saber nem mesmo aonde estão.
Aonde estou nem mesmo eu sei, sei que o último trago se aproxima, e é inevitável sua chegada. Acendo mais um Dunhill, vejo que o tempo já não importa mais, o que rege agora é a incerteza do amanhã. Uma certeza tão incerta que apenas nos deixa dúvidas sobre o amanhã.
O sono me consome, mais que a incerteza, mais até que a brasa, que aos poucos queima o cigarro, dependurado nos meus dedos. Até que a brisa da incerteza é interessante. Justamente por ser incerta. Intrigante, não?
Chega ao fim mais um cigarro, e o sono ao seu último estágio. Pause na playlist, um pequeno Stop na vida, hora de apagar... O cigarro, e a cabeça. Fim.
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